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O Banco Indústria e Comércio de Santa Catarina S.A. — INCO

O Banco Indústria e Comércio de Santa Catarina S.A. — INCO foi fundado oficialmente em 23 de fevereiro de 1935. Antes dessa data, em 1934, um grupo de pessoas influentes, residentes no Vale do Itajaí, organizaram a instituição bancária, para torná-la competitiva, uma vez que naquele ano, havia formalmente apenas nove agências bancárias. Destas, sete pertenciam ao Banco Nacional do Comércio e duas eram do Banco do Brasil.

A partir da instalação da “República Nova” e com a promulgação da Constituição de 1934, houve um favorecimento às instituições financeiras e aos bancos particulares. No Estado de Santa Catarina, destacou-se na época o Banco Indústria e Comércio S.A. — INCO. A partir do início das suas atividades, cresceu consideravelmente a rede bancária no estado.

Entre os seus fundadores estavam Irineu Bornhausen, Bonifácio Schmidt, Victor Konder, Antônio Ramos, Augusto Voigt, moradores da cidade de Itajaí e Otto Renaux, morador da cidade de Brusque. Registros da história relatam que houve dificuldade, por parte de um ou mais dos nomes citados, de descontar um cheque no interior, mais especificamente, na região do Alto Vale do Itajaí, na cidade de Rio do Sul. Essas pessoas, conhecendo o currículo invejável do senhor Genésio Miranda Lins, o convenceram a participar do projeto da criação do banco, como o principal organizador.

Genésio Miranda Lins nasceu em Itajaí, em 23 de agosto de 1903. Aos “12 anos de idade, em 1915, começou a trabalhar como auxiliar tipográfico do jornal O Farol, que pertencia ao seu tio. Três anos depois, em 1918, tornou-se funcionário do Banco Nacional do Comércio, exercendo a função de servente. Fez carreira dentro do Banco e, em 1926, chegou ao posto de gerente da agência de Itajaí. Em 1931, integrou a diretoria da Associação Comercial de Itajaí. Em 1935, a convite dos empresários Otto Renaux e Irineu Bornhausen, dirigiu o Banco da Indústria e do Comércio de Santa Catarina e, mais tarde, foi o seu Presidente. Na sua gestão, expandiu a atuação da instituição dentro e fora do Estado de Santa Catarina, e incorporou o Banco Agrícola e Comercial de Blumenau”.

Na Assembleia Geral do dia 23 de fevereiro de 1935, tendo como capital inicial a importância de Rs 1.200:000$000 (um mil e duzentos contos de réis), criou-se o Banco Indústria e Comércio de Santa Catarina S.A. — INCO na cidade de Itajaí. A instalação definitiva ocorreu no dia 18 de outubro de 1935, no andar superior da empresa Almeida & Voigt. A primeira diretoria era composta por: Cônsul Carlos Renaux, Diretor Superintendente das empresas Renaux de Brusque e seu filho, Otto Renaux. Bonifácio Schmidt, Diretor Presidente da Companhia Malburg S.A., Irineu Bornhausen, Diretor Presidente da Companhia Ithajayense de Phosphoros e da S. A. Usina Adelaide e Genésio Miranda Lins, ex-gerente do Banco Nacional do Commércio. Os nomes que formaram a primeira diretoria eram uma garantia de capacidade e honradez, autorizando, dessa forma, a previsão do sucesso de um grande empreendimento, mais do que um simples banco comercial. 

Mais um tempo e a expansão se fez presente em várias cidades do território brasileiro. No ano de 1968, o Banco INCO foi vendido para o Banco Brasileiro de Descontos — Bradesco, que tinha a sua sede em São Paulo. A justificativa para a venda foi que os fundadores que compunham a primeira diretoria de 1935 já estavam em idade avançada e alguns falecidos. Além do mais, havia uma tendência para a concentração das instituições financeiras em grandes centros. O Bradesco continuou por algum tempo com as atividades de forma linear em várias cidades de Santa Catarina, até absorver completamente o nome, a sede administrativa de Itajaí para Florianópolis. Nos seus 33 anos de existência operacional, os catarinenses sentiram uma expressividade no crescimento da economia regional.

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