A 3ª Virada Afrocultural de Itajaí ocorreu no dia 25, com uma série de apresentações e opções gastronômicas, na lateral da Sociedade Sebastião Lucas, no bairro Vila Operária. Cerca de 5 mil pessoas prestigiaram o evento, que contou com atrações que enalteceram as expressões afroculturais e deram visibilidade a projetos, movimentos, grupos e artistas independentes da cidade e região.
Uma roda de capoeira do programa Arte nos Bairros, seguido das apresentações de dança acrobática e percussão do Instituto Sorrir, do Grupo de Dança Afro Ubuntu e o hip hop com Mano Ro e Thiuzin abriram a programação do evento. Às 12h, teve a cerimônia de abertura oficial com a presença de autoridades e, logo em seguida, foi servida a feijoada beneficente, ao som da roda de samba “Pé do Meu Samba”.
Em seguida teve roda de samba com Manga e Noemi, e convidados. A programação seguiu com mais apresentações musicais com o Grupo Negritude e dança com grupo Next. Ao longo do dia, aconteceu a feirinha de artesanato afro. Houve ainda intervenções literárias de Felipe Corrêa e Hang Ferrero e Samba de Bárbara. A noite seguiu com Carnaval com Elisa Cordeiro e Chico e o encerramento ficou por conta da Bateria Purakdência.
“Foi um prazer ter participado da Virada. Um evento com excelentes apresentações artísticas, boa comida, bebida, público educado. Deixou uma enorme vontade de participar da próxima edição”, comentou Clayton Elinton Braz, de Joinville (SC).
Já Isabel Cristiane Corrêa, de Itajaí, falou sobre a importância do evento enquanto mobilizador social e cultural: “Um evento de ação cultural é uma iniciativa que mobiliza a comunidade para celebrar e preservar a cultura local através de atividades artísticas, educativas e interativa”.
Retomada da Sociedade Sebastião Lucas
A presidente da Câmara Setorial Afro de Itajaí, Grazielle Gleise Santana, relembrou que desde a primeira edição do evento há uma comitiva trabalhando para a retomada das atividades na Sociedade Sebastião Lucas, entidade referência para a comunidade negra de Itajaí. “Estamos trabalhando arduamente para isso. Existimos e resistimos, não é e nunca foi fácil, mas com a ajuda e envolvimento da comunidade retomaremos as atividades no Sebastião Lucas”, disse, ao convidar a todos para a assembleia de eleição da diretoria da entidade, que ocorrerá dia 08 de junho, às 9h, no Colégio Nilton Kucker.
Normélio Weber, superintendente administrativo das Fundações de Itajaí, pontuou que o evento é muito representativo e a cada ano ganha mais força. “A Virada nasceu a partir da intenção de retomar as atividades na Sociedade Sebastião Lucas. O grupo segue atuando neste movimento, é o reconhecimento de luta e da história de muitas pessoas. Precisamos desta Sociedade funcionando e da Virada Afrocultural consolidada no calendário de eventos do nosso Município”, opinou.
A iniciativa da Comissão do Sebastião Lucas, Conselho da Comunidade Negra de Itajaí (Conegi) e Setorial de Cultura Afro do CMPC, teve realização e apoio do Município de Itajaí, Fundação Cultural e Secretaria de Promoção da Cidadania.