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BAÍA

Por Magru Floriano

A localidade de Baía fica localizada na região conhecida popularmente como Estrada de Brusque. Temos diversas versões para justificar o nome dessa localidade. A primeira hipótese é que o nome advém do fato da estrada geral apresentar muitos pontos alagados e as pessoas começaram a denominar a região jocosamente de baía. A segunda, faz referência a uma possível homenagem a José Spínola Baía, médico proprietário de terras e político amigo dos agricultores da região. A terceira hipótese advém da constatação que no local existiam muitos pés de coco e a população começou a fazer a comparação com o Estado da Bahia.

Essa última versão é corroborada pela moradora Rosa Lamim de Jesus em entrevista que concedeu ao jornal Diário do Litoral em 2011. Contudo, a jornalista Elizângela Regina Cardoso ao publicar o livro ‘Raízes’ sobre a história do concurso de rainha da Festa do Colono – garante que a versão mais provável seja a primeira. Nesse livro ela publica o seguinte depoimento como moradora da Estrada de Brusque: “A comunidade recebeu este nome em razão de que no passado havia vários ribeirões que cortavam a rua. Como não existia ainda no local ponte de passagem, os moradores passavam por dentro da água com suas carroças, bicicletas, a pé, etc, para poderem se locomover para suas casas e também para o trabalho. Quando o nível da água aumentava, acontecia um alagamento, do qual os antigos chamavam de baia”.

A região foi sendo ocupada gradualmente por agricultores. Os primeiros moradores da região também cortavam lenha para vender nas cidades de Itajaí e Brusque. Aproveitavam a viagem até os centros urbanos para venderem suas produções agrícolas e junto levavam molhes de lenha, produto muito procurado à época. Mais para a frente, por volta de 1984, a comunidade construiu a igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. No ano de 2012, a Arquidiocese de Florianópolis incluiu a igreja da comunidade no território abrangido pela Paróquia São Pedro Apóstolo com matriz na Itaipava. 

Por sua vez, o prefeito Arnaldo Schmitt Júnior, acompanhando o grande desenvolvimento urbano e industrial às margens da BR-101 e Rodovia Antônio Heil, sancionou a Lei nº 2147, a 04 de dezembro de 1984, alterando o perímetro urbano do Município. Esta lei incluiu terras às margens da Rodovia Antônio Heil, numa largura de um quilômetro para o interior ‘até a estrada da Baía’ como sendo área urbana, atingindo também as localidades de Itaipava, Canhanduba e Quilômetro Doze. No ano de 2004 essa faixa foi aumentada, em alguns pontos do percurso, pela lei nº 4157, evidenciando o acentuado processo de urbanização e industrialização de toda a região, inclusive com o surgimento dos primeiros loteamentos residenciais.

A localidade, portanto, tem parte de seu território dentro do perímetro urbano e parte na zona rural. Atualmente a Baía ganha grande destaque na mídia por conta dos eventos que ocorrem no Parque do Agricultor Gilmar Graf, notadamente a Festa do Colono. A homenagem deve-se ao fato de que a Família Graf, proprietária do empreendimento comercial Giorama, é moradora histórica da área próxima ao parque. Outro ponto de referência histórica da Baia era o sítio mantido pelo empresário Odemar Müller, proprietário fundador da Distribuidora Muller – uma das maiores empresas distribuidoras de alimentos processados de Santa Catarina. Odemar mantinha na estrada geral, atual rua vereador Germano Luiz Vieira, o Sítio Tio Finuca.

FONTE DE CONSULTA:

1 – Itajaipedia.com.br.

2 – CARDOSO, Elizângela Regina. Raízes. Itajaí: Alternativa, 2004.

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